Nelson Mandela – Líder Rebelde e Presidente da África do Sul
Nasceu em 1918 em Mvezo, no Cabo Oriental, com o nome de Rolihlahla Dalibhunga Mandela, o nome Nelson foi dado a ele quando já tinha 7 anos na escola, porque era costume dar nome cristão as crianças. Dentro da tribo que ele nasceu, era considerado nobre.
Em 1939, entrou para a universidade da África do Sul, primeira universidade ministrar cursos para negros. Ele se conscientizou do abismo que separava brancos e negros no país. Foi este choque que provocou-lhe a reação de lutar contra o racismo. E o fez ingressando no Congresso Nacional Africano.
Mandela denunciou, junto a Liga Juvenil do Congresso Nacional Africano que 2 milhões de brancos dominam 8 milhões de negros, além de deterem 87% do território.
O Apartheid – terrível regime segregacionista – foi construído a partir da vitória vitória da extrema-direita branca no governo da África do Sul com o Partido Nacional, em 1948. Mandela estava se tornando bem popular e em 1949 passou a integrar o Conselho Executivo do CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade – documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid.
Em 1952, Mandela abre o primeiro escritório de advogados negros na África do Sul com Oliver Tambo. O escritório é vandalizado e queimado em 1960, ano em que o ANC é banido e o estado de emergência imposto na África do Sul.
Em 1958 Casou-se com Nomzamo Winnie Madizikela, enfermeira, política e ativista sul.
Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid. Porém, sua opinião mudou em 21/03/1960, quando policiais sul-africanos atiraram contra manifestante negros, matando 69 pessoas. Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema
Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe -“Lança da Nação”, ou MK – fundado por ele e outros militantes. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para o Marrocos e Etiópia para treinamento paramilitar.
Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, conhecido como “Lança da Nação”. Passou a buscar ajuda financeira internacional para financiar a luta.
Em agosto de 1962, Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, foi condenado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves.
Em 1964 foi condenado à prisão perpétua por sabotagem, e também por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul, o que Mandela negou.
Nelson Mandela permaneceu preso até 11/02/1990, com 72 anos de idade, sob o número 46664. Tornou-se um símbolo da oposição ao apartheid, o clamor “Libertem Nelson Mandela” se tornou o lema das campanhas antiapartheid em vários países.
Recebeu mais de 250 prêmios e condecorações, incluindo o Prêmio Nobel da paz em 1993.
Em 1994 Mandela chega a Presidência da África do Sul. O primeiro presidente negro daquele país, tornando-se o Pai da Pátria. O país passou por radicais mudanças em sua estrutura no período 1994-1999: novos símbolos nacionais foram criados, uma nova constituição foi aprovada, e todos – brancos, negros, indianos e mestiços passaram a gozar de igualdade de direitos.
Quando fez 80 anos de vida, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.
Mandela faleceu em 05/12/2013 e o presidente proclamou “A nação perde seu maior líder”, completando: “Ainda que soubéssemos que esse dia iria chegar, nada pode diminuir nosso sentimento de perda profunda”; declarando luto nacional e anunciando que o funeral deve ocorrer na capital, Joanesburgo, no sábado – dia 7/12/2013, com as honras de Estado.
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.” Nelson Mandela
